Distância

Fecho os olhos, sinto a correnteza do mar, as ondas cada vez mais forte... Todo este longo caminho para apagar algo que ficou, nem mesmo o mar é capaz de curar esse amor doentio, insano e irresponsável.

Desisto de fugir, de fingir...

Vou me livrar das conjecturas, de injurias, de falsos amores...

As cartas me contaram que ainda há amor, e que no momento certo é ele quem vai decidir meu final. Mas agora deixemos as desavenças de lado por um minuto, vamos avaliar todo o contexto, este louco conto com esse disse me disse.

Sempre quis a sinceridade em tudo, sempre fui uma pessoa que se isola quando sinto que algo possa me machucar e ao fazer isso querido eu me divertir... Eu me vinguei de algo que nem eu sei, quis me sentir acima de você, me sentir vitoriosa como a que é fria e forte, por que eu gosto de como soa “Ela é forte e tem o que quer”. Mas conto uma verdade eu sou coração mole, me finjo, me escondo em mascaras, em personagens, sou uma atriz. E cada vez que tento consertar algo que fiz de errado termino fazendo mais estragos...

Mesmo a distancia não acalma o coração, é bom andar pela praia, colocar os meus pés na areia quente e esperar que uma nova onda refresque-me. 
É agonizante procurar aquilo que nunca achará mesmo que lá no fundo você saiba de tudo, o coração diz uma coisa e a cabeça diz outra... Como na musica “Quero ver você mandar na razão, não é qualquer história que abala o coração”.

Essa é minha triste realidade pensar em você mesmo com dois mil quilômetros distante, tentar deixar o coração se afogar em meios as ondas que crescem em um dia solitário, onde a alma carente e insaciável é purificada pelo sofrimento de estar longe de quem ainda de ama!

Isabela Correia

10/01/2011