Confessions...

Pediram-me para não parar de escrever...
Sei que é bobagem, não há como acontecer, a realidade chega feito um soco em nosso rosto e nos traz de volta a realidade, de que existem certas coisas que deveriam ficar no passado, e nunca mais serem questionadas. Mas nunca fui uma boa menina que aceita as ordens de um capataz e abaixa a cabeça, rebeldia esta no meu sangue... Então vamos colocar as peças na mesa, sei que tudo se parece com um quebra cabeças, onde peça alguma se encaixa e nada faz sentido, porém se juntarmos nossas forças quem sabe isso nos traga uma solução, por favor, me traga uma faca, irei acabar logo com tudo isso. Talvez devamos deixar o álcool reivindicar a autonomia dos nossos pensamentos e só viver o momento, talvez seja o mundo dizendo que devíamos seguir em frente, talvez desejássemos mais do que podemos ir ou até mesmo suportar, ou talvez eu não queira realmente nada, estejamos destinados a não ter, a não querer, a não ver, a não pensar, a não amar...
Talvez não seja aquilo que idealizamos, mas, sim, o que projetamos para nos, talvez eu esteja aqui falando sozinha no vazio de uma casa, ou de um labirinto de questões que coloco a minha frente sem nem perceber que as perguntas não vêm de cordas ou notas, os sons que escuto não são para me informar que está tudo bem... Até por que o procuramos não vêm de lindas canções ou poemas como aqueles em que te escrevi. Tudo isso vêm muito além de nós, muito além da consciência, vem da forma que encontra meu olhar no meio da multidão, da forma que procura me tocar mesmo não podendo, podemos encontrar varias respostas em pequenos gestos que estou, sim, querendo me apegar e, quem sabe, fantasiar.
Seria tão simples se a vida fosse um livro, eu saberia que ao final deles tudo teria se resolvido... Mas como saber que tal livro chegou ao fim? Que não há mais um capitulo a ser escrito, como escritora nunca quero deixar meus personagens, por que cada um deles é parte de mim e eu sou parte deles... Não há como viver sem. Talvez seja só desilusão e um bom romance venha sempre a terminar como Julieta e seu Romeu, incompleto. Juro que não quero terminar esse texto, porque sei que assim que terminar tudo que realmente quero lhe dizer ficará para trás e o que eu realmente gostaria de escrever vai ser perder com todos os meus pensamentos...
Seria bom acreditar que tudo vai se encaixar que vou realmente entender o que eu quero e que vou saber fazer a coisa CERTA, como você fez hoje... Conseguirei recuar e permanecer ali para que os danos colaterais não sejam tão irreversíveis quanto pensamos...
Mas de todas as coisas horríveis que já fiz, esta é a unica que nunca irei me arrepender...

Isabela Correia
2014

10/04/2014

Eu poderia lhe contar tudo, quem eu sou na verdade... Poderia derrubar todas as paredes que ela levanta... Poderia ama-la e faria qualquer coisa que ela quisesse... Diria qualquer coisa para conhecê-la melhor.
Resumindo a história neste momento, no dia que a encontrei, ela nem me percebeu, mas fui incapaz de não avaliar cada centímetro dela, imaginar seu corpo perto de mim, perto suficiente para te segurar em meus braços, sentir o cheiro de seus cabelos e lhe tocar...
Sei que é ridículo, não sou gay nem tenho essas paranoias com mulheres muito menos sou romântico, tenho que ri da minha cara ao pensar que poderia ter chance com alguém como ela, afinal não sou ninguém importante em seu mundinho perfeito. 
Não tive coragem de dizer que eu era o culpado de tudo que lhe aconteceu, acredito que nem sempre podemos vencer as guerras internas travadas para o fim certo.

Porque sei que no dia que ela souber a verdade, o sorriso que me deu agora irá sumir para sempre.

Isabela Correia
Pers: Yuri
Alvo Improvável