Queria que a vida também tivesse um remédio para cada problema, que algumas brigas ou desentendimentos pudessem ser resolvidos com uma pequena pílula... Ou em certos momentos uma injeção pudesse mudar tudo.
Seria mais fácil não é mesmo? Teríamos poucas lagrimas a enxugar, o coração apertado por sofrimento teria descanso ao menos por alguns minutos, a mente não atormentaria ainda mais o que nos incomoda...
Seria como antidepressivos, tomou passou... Mas esse remédio é momentâneo, uma hora tudo volta para atormentar... Passaríamos a ser um vulcão preste a explodir.
Não há cura para isso a não ser se você estiver disposto a parar e escutar o que o outro tem a dizer, sem montar a guarda, sem bloquear todas as palavras que saem da boca de quem você deseja tanto, mas tem o medo, o receio... Quem sabe agindo assim ainda haja esperança!
Medo faz com que nos busquemos modos mais fácil de amenizar situações complicadas, porém medo de que? O que é tão monstruoso que nos faz complicar mais ainda as coisas... Pego-me pensando isso, pensando porque eu tenho medo de dizer certa coisas? Não quero dizer um clichê nem quero como você diz ‘amenizar’ o problema... Também não é minha intenção omitir assuntos relacionados a mim, mas busco essa explicação, porque tento amenizar? Não estou fazendo nada de errado, na verdade não teria nem coragem de machucar ou estragar aquilo que mais quero bem e com isso volto para o PORQUE?
Droga...
Que motivo mais infantil e tolo que tenho nem é um bom motivo, mas creio que seja o único e verdadeiro motivo, tenho medo de estar errada sobre você, de não poder contar com você. Talvez seja o medo de pensar que ainda há muito para viver e que agora não é o melhor momento, lembro de uma frase “Compassion's a flaw” nossas falhas estão marcadas em nossos caminhos, mas ‘Compassion’ é o pior sentimento que você pode ter, o olhar de ‘compassion’ nos faz ser carrascos da outra vida e a qualquer momento e acredite esse momento irá chegar, você vai degolar a cabeça, como a Rainha de Copas com sua ‘compassion’ que termina onde seus interesses não o vêem mais como útil, não há volta, essa esperança falsa de que as coisas podem mudar, não é verdadeira.
Isabela Correia